O silêncio que observa eu sou.
Se tu queres falar, farei-me ouvidos.
Adoro também palestrar sobre as coisas que
amo,
Mas tu és incapaz de acompanhar um raciocínio,
Intervindo e me cortando incessantemente.
É contigo que falo,
Tentando expressar o que sou,
Também necessito desabafar.
Só que sendo interrompido,
É desmotivante seguir...
Seu olhar se perde, olhas para todas as
direções.
É assim que te comunicas com o mundo?
Quando recito versos, falas ao mesmo tempo.
Dessa maneira é que pretendes compartilhar?
Riamos juntos, mesmo que seja da desgraça
alheia,
Riamos da nossa idiotice, da mais pura
tolice,
Que qualquer um já cometeu.
Uma maldade feita, burradas, cagadas,
O que não foi humilhado ainda nasceu.
Eu
conservo meu direito, de ficar calado,
Às vezes me esforço em puxar assunto,
Mas há coisas que não preciso compratilhar,
Aqui morre o tema.