lunes, 4 de febrero de 2013

Direito de calar


O silêncio que observa eu sou.
Se tu queres falar, farei-me ouvidos.
Adoro também palestrar sobre as coisas que amo,
Mas tu és incapaz de acompanhar um raciocínio,
Intervindo e me cortando incessantemente.

É contigo que falo,
Tentando expressar o que sou,
Também necessito desabafar.
Só que sendo interrompido,
É desmotivante seguir...

Seu olhar se perde, olhas para todas as direções.
É assim que te comunicas com o mundo?

Quando recito versos, falas ao mesmo tempo.
Dessa maneira é que pretendes compartilhar?

Riamos juntos, mesmo que seja da desgraça alheia,
Riamos da nossa idiotice, da mais pura tolice,
Que qualquer um já cometeu.
Uma maldade feita, burradas, cagadas,
O que não foi humilhado ainda nasceu.

 Eu conservo meu direito, de ficar calado,
Às vezes me esforço em puxar assunto,
Mas há coisas que não preciso compratilhar,
Aqui morre o tema.