Neste último dia 22 de
Abril acudi ao Centro Cultural UFG para desfrutar do espetáculo do
grupo “Brasil in Trio”. Na ocasião, o disco recém saído da
fornalha era o tema principal do show. Já esperava por um concerto
de ótima qualidade quando fui surpreendido com a genialidade dos
jovens músicos.
Eu aguardava
um choro bem tocado através de um repertório de um compositor
contemporâneo, mas o Brasil in Trio é muito mais! Os arranjos saem
da mesmice e vão muito além das características tradicionais do
choro, sem perder de vista a riqueza da linguagem e já incorporando
os melhores aspectos da música intrumental brasileira. Isso torna o
espetáculo bastante variado e atrativo para diversos públicos.
Cada integrante
atua de forma singular para formar um conjunto de alta sincronia.
Everton Luiz, o cara dos sopros, toca seus inúmeros instrumentos com
tal maestria que até parece que o sax, a flauta ou o clarinete
necessitam das mesmas técnicas para se desenvolver. O rapaz se
agiganta com suas improvisações e arranjos magistrais.Diego Amaral
esbanja criatividade com sua percuteria. Técnicamente
impecável e transbordando energia é um verdadeiro
showman. O
modo espontâneo e rico que ele elabora sua execução musical é no
mínimo singular, desses que se encontra em poucas esquinas. Julio
Lemos é o mais compenetrado do grupo, o eixo central, o âncora. O
violão de 7 cordas deste jovem intérprete não se limita ao
acompanhamento, é melodico e expressivo. É fácil notar as
influências dos melhores violonistas brasileiros como Marco Pereira,
Maurício Carrilho, Rafael Rabello entre outros.
Quem
quiser reclamar do público goiano que reclame, quem não quiser,
faça como o Brasil in Trio, tenha um espetáculo de nível
internacional!