Muito me vale poetizar,
Entregar-me aos versos,
Ser verdadeiro comigo.
Ocupo a mente,
Me negando ao que meu
Ser não vive.
E a poesia vivo,
Vivência interna-externa.
O verso é o barco
que me conduz nesse mar,
Me faz pipa a voar pelo céu,
Pluma leve.
E então sigo tranquilo,
Encontro-me neste olhar para dentro.
Reflexão, meditação,
Imerso no meu eu.
No talento meu refugio.
O dom do artista é se permitir,
Não há bom ou ruim na arte,
Desdicotomia.
(...)
E a evolução?
Esta que não é para todos
Uma grande questão.
Concretizar não é um verbo
Na ação de todos,
Principalmente quando se trata
De concretizar os sonhos do ser
Sonhos do tamanho do UNIVERSO!
O que nos prende?
Que nos faz abrir mão
De quem somos?
Empecilhos para ser existem
Apenas pelos que criam
Nós é que colocamos as barreiras.
O muro está parado, estagnado,
E o corpo é multifacetado e dinâmico.
Dar com a face no muro
Cabe ao ser,
Desviar a rota é sabedoria.
Quero chegar no meu ser,
No que quero ser,
Idealizo.
Eu projétil transtempo,
No agora estou-sou,
No futuro me vejo.
Bem sei, e sem mistérios
Como me quero daqui para frente.
Se me pergunto:
“- O que quero para mim?”
A resposta já tenho,
Mas teimo em confundir,
teimo em não ser.
Porque?
Se sonho lá na frente,
Necessito traçar a rota, os caminhos.
Qual a estada dos meus sonhos?
O valor do ouro está
na maleabilidade de se transmultiformar.
Se sigo estancado em mim,
Sofrerei com as mudanças,
Se me abro, a tempestade
Me banha suave.
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