Não tenho tido tempo.
Tempo para jogar conversa fora?
Foi-se esse tempo.
O movimento do relógio
Dessincronizado aos meus passos,
E o peito arde.
Doze horas a tontear barata.
Ricocheteio perdido
Em direção ao encontro.
Me vejo lá de longe,
Sou capaz de acenar,
Abanar a mão no ar,
Chamar e nada...
Fragmentação a olhos claros e cegos.
Sou ainda vivente na
Idade capaz de sorrir,
Refrescar meu corpo em águas,
Beijar lábios e fragrâncias.
Pr´os amigos ainda tenho tempo,
Para as moças bonitas também,
Para ler bons livros tenho tido
Menos tempo, mas prezo.
Agora, bem neste momento,
Consigo respirar macio.
Até a espuma que recobre
O dourado líquido faz presença fresca.
Suave idade é o vento
Que me bate a face.
Todos os sentidos
precisam estar aguçados,
novas maneiras de explorar
o sentir e o prazer
Todo o corpo é orgasmo,
Basta caminhar na ardente presença.
Estressar o coração não mais,
Não quero desperdiçar meu tempo
Vale mais que dinheiro, o tempo.
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